Empresa gastará US$ 861 milhões neste ano para desenvolver projeto Simandou, que deve começar a operar em 2012
A mineradora Vale trabalha em um acordo com o governo da Guiné, no oeste africano, para a concessão de 35% de seu projeto de minério de ferro Simandou ao governo local, segundo informação de um gerente da companhia brasileira. A concessão será feita para que a empresa se adeque às novas leis do setor de mineração aplicadas no país africano.
O esperado acordo da Vale com a Guiné deve ser similar ao fechado recentemente entre sua concorrente Rio Tinto e o governo guineano, relativo a um projeto de minério de ferro na mesma área, disse o gerente à Dow Jones.
O governo da Guiné anunciou no mês passado a adoção de uma nova legislação para o setor de mineração, com a meta de aumentar de 15% para 35% sua participação em projetos mantidos por companhias de commodities que operam no país. A intenção do governo é ampliar seus lucros no setor, no país rico em minério de ferro e bauxita.
Em abril, o governo fechou acordo com a Rio Tinto para assumir 35% do projeto que a companhia desenvolve em outra parte do rico depósito Simandou.
A Vale informou que está gastando US$ 861 milhões em 2011 para desenvolver seu projeto Simandou, que deve começar a operar na segunda metade de 2012 para produzir dois milhões de toneladas por ano, elevando para 15 milhões de toneladas em 2015 e chegando à capacidade total de 50 milhões de toneladas ao ano, em 2020, de um minério de alto teor de ferro, comparável em qualidade à produção de Carajás no Brasil.
A mineradora também está investindo em infraestrutura ferroviária na Guiné, a fim de transportar o minério.
Fonte: Dow Jones
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