Fabio Schvartsman, presidente da companhia, disse que as mudanças em discussão “não são boas para ninguém”.
O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, criticou as mudanças em discussão no Congresso sobre o novo Código de Mineração. “A posição da empresa e do setor é que isso [as novas regras em discussão] não são boas para ninguém”, disse o presidente da Vale, em teleconferência sobre desempenho da companhia referente ao terceiro trimestre, anunciado nesta quinta-feira (26).
Ele disse que a Vale está tentando passar a mensagem que seria melhor ter uma escala decrescente para os royalties cobrados na mineração, do que uma taxa fixa. As mudanças no código mineral preveem a cobrança de uma alíquota de até 4% para o minério de ferro.
Questionado sobre a Samarco, Schvartsman afirmou ainda que a empresa tem o interesse de que a mineradora volte a operar “o mais rapidamente possível”.
As operações da Samarco estão paradas desde o rompimento da barragem de Fundão, que aconteceu na cidade de Mariana, em Minas Gerais, no dia 5 de novembro de 2015. O problema, segundo ele, é que esse retorno à operação não depende da Vale e da BHP Billiton, sócia da brasileira na empresa, mas da concessão de licenças pelo governo.
“O interesse é que a Samarco volte a operar o mais rapidamente possível, mas não temos o controle dessa operação. Não tenho condições de informar quando as licenças serão concedidas. O que posso dizer é que mais cedo ou mais tarde, isso acontecerá”, disse Schvartsman.
Segundo o diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da companhia, Luciano Siani, haverá, neste ano saída de caixa de US$ 450 milhões por conta da Samarco. Para 2018, ele estimou que o desembolso em função da joint venture “ainda será pesado” e comece a reduzir em 2019.
Ainda na teleconferência, Siani afirmou que a venda dos ativos de fertilizantes de Cubatão não acontecerá neste ano. A expectativa é de que a operação seja realizada no primeiro trimestre de 2018.
Fonte: Valor Econômico