Preço do cobre sobe 50% em um ano

25/10/17

Os preços subiram mais de 50% nos últimos 12 meses, atingindo o maior nível em mais de três anos e dando ao metal o melhor desempenho dentro do índice Bloomberg Commodity.

O metal é conhecido como Dr. Cobre porque muitas vezes é visto como termômetro da economia global. Os preços deram um novo salto na terça-feira, chegando a avançar 1,7%, para US$ 7.123 a tonelada, na Bolsa de Metais de Londres.

Segundo analistas, o crescimento sincronizado das maiores economias do mundo, as interrupções na produção de algumas minas no início do ano e as expectativas de deficit global são os principais motivos para o aumento do preço. No início do mês, a Comissão Chilena do Cobre (Cochilco), um órgão governamental que regulamenta e fiscaliza a produção de cobre no Chile, o maior produtor do mundo, elevou suas projeções para o preço e previu deficit do produto em 2017.

O banco Goldman Sachs está entre os otimistas, ampliando sua projeção de 12 meses em 28%, para US$ 7.050 a tonelada, segundo relatório recebido nesta terça-feira. “Não agrada aos mercados a natureza sincronizada do crescimento global e os riscos menores de queda da China”, afirmou.

Alguns mostram ceticismo. Dane Davis, analista do banco Barclays, disse em nota, na semana passada, que havia algo “definitivamente estranho nesse rali [de preços do cobre]”, já que os fundamentos não haviam mudado de forma significativa, e que os preços deverão voltar a cair quando os estoques da China, maior consumidora do mundo, começarem a se recuperar.

Segundo o Grupo Internacional de Estudos do Cobre (ICSG), a capacidade de produção mineral de cobre até 2020 deve crescer a um ritmo de 2,5% ao ano em comparação com a média de quase 4% ao ano verificada de 2012 a 2016. China, República Democrática do Congo (DRC), Panamá, Peru e Zâmbia devem ser os países que mais vão contribuir para o aumento de capacidade mundial.

Fonte: Notícias de Mineração Brasil



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