Precificação de minérios deve mudar para curto prazo

11/10/11

A precificação de minérios deve cada vez mais seguir um sistema que foca o curto prazo com base em índices, como já acontece com o minério de ferro, indicou Jim Cochrane, diretor comercial da mineradora ENRC. As três maiores produtoras de minério de ferro, a Vale, Rio Tinto e BHP Billiton, abandonaram no ano passado um esquema com base anual que já durava décadas, em favor de uma precificação trimestral.

Apesar de a maioria dos produtores de aço ainda esperarem pela volta do contrato anual, que lhes permite controlar melhor seus custos, acordos de curto prazo parecem inevitáveis para muitos na indústria. “Eu acho que o período de cotação ficará mais próximo do mercado”, disse Cochrane. “Eu acredito que o sistema de preço estabelecido pelo mercado está aqui pra ficar”.

A ENRC, listada em Londres, produz minério de ferro, ferrocromo, alumina e alumínio, cobre, cobalto e também possui um projeto de carvão em Moçambique. Ela vende minério de ferro a consumidores chineses usando um preço trimestral com base no índice Platts, do minério de ferro, enquanto para as vendas de minério de ferro para a produtora de aço russa Magnitogorsk Iron and Steel Works (MMK) está aplicando a mesma metodologia da Vale.

A mineradora Vale utiliza um sistema trimestral no qual os preços são decididos por uma média de três meses do Platts North China 62% FE CFR. “Para mim (esse mecanismo) não é viável no longo prazo. Eu acho que eles vão encurtar o período pelo qual estabelecem o preço”, acrescentou Cochrane.

Quase todo o minério de ferro da ENRC é vendido em contratos de longo prazo, ao invés de ter base à vista. Os mecanismos de precificação para o carvão metalúrgico e o alumínio também devem mudar logo, de acordo com a mineradora. “Eu acho que com o tempo, a maioria dos preços vai em direção a mecanismos de curto prazo, com base em índices”, disse Cochrane.

Fonte: Terra

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