A Karmin Exploration disse no dia 19-10, que o projeto polimetálico Aripuanã pode ter um valor presente líquido de US$ 461 milhões, cerca de R$ 1,463 bilhão, antes de impostos. O projeto, que tem participação majoritária da Votorantim Metais, com 70%, tem pode iniciar a lavra em 2020, diz estudo econômico preliminar (PEA, em inglês).
Os principais dados do PEA mostram que a vida útil da mina, localizada no Mato Grosso, é de 24 anos e a produção pode ser de 1,8 milhão de toneladas por ano, com a extração bruta (ROM) sendo de 37 milhões de toneladas. Os recursos medidos e indicados, no momento, são de 21,8 Mt, e os inferidos de 24,6 Mt.
O estudo considerou os dados geológicos obtidos até dezembro do ano passado, obtidos a partir de 533 furos e 142 mil metros de sondagem, obtidos pela Nexa, uma empresa controlada pela Votorantim e que antes se chamava VM Holding S.A. & Votorantim Metais.
A taxa interna de retorno (TIR) foi estimada em 19% e o VPL em US$ 461 milhões, a uma taxa de desconto de 7%, antes de impostos, e US$ 321 milhões, depois de impostos. Os custos de capital, antes da produção, foram estimados em US$ 354 milhões. A Nexa formalizou, em 10 de outubro, a intenção de ser listada nas bolsas de Nova York (Nyse) e Toronto (TSX).
As premissas de preço são de US$ 1,06 por libra de zinco, US$ 0,88 por libra de chumbo, US$ 2,74 por libra de cobre, US$ 18,95 por onça de prata e US$ 1.278 por onça de ouro. “O aumento de 10% nos preços dos metais ou de aumento no teor médio aumenta o VPL em aproximadamente 75%”, diz a análise de sensibilidade do estudo.
Segundo o comunicado da Karmin, o estudo de viabilidade do empreendimento será concluído no segundo trimestre de 2018. “Cerca de US$ 209 milhões dos fundos líquidos obtidos com a venda das ações da Nexa serão usados no desenvolvimento avançado de Aripuanã, dos quais US$ 59 milhões serão usados em 2018 e US$ 150 milhões em 2019”, diz a Karmin, que tem 30% do empreendimento.
O projeto Aripuanã pertence à Mineração Dardanelos, uma joint-venture entre a Nexa, que detém 63,3% de participação; a Milpo, que detém 7,7% e é da Votorantim; e a Mineração Rio Aripuanã, uma subsidiária da Karmin Exploration, que tem os 30% restantes.
Fonte: Notícias de Mineração